PÁGINAS

domingo, 26 de maio de 2013

CONSELHO DE SAÚDE SE REÚNE PARA DEBATER RELATÓRIO DE GESTÃO

Problemas em obras da Secretaria de Saúde serão encaminhados ao Ministério Público

Mais uma vez os conselheiros se reuniram
para deliberar sobre vários temas ligados à saúde
Ana Lígia apresentou o Relatório de Gestão da
Secretaria Municipal de Saúde
Os conselheiros de saúde se reuniram, em sessão extraordinária, na quarta-feira, 22, para discutir e colocar em aprovação o Relatório de Gestão de Saúde de Manhuaçu, ano 2012. A apresentação ficou por conta de Ana Lígia de Assis, do Setor de Planejamento da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). O documento traz todos os investimentos realizados que constam do Plano Municipal de Saúde elaborado na última Conferência de Saúde. Importante frisar que o Relatório informa também as metas não cumpridas até o momento (prazo termina em 2013) e itens que devem ser melhorados. Os conselheiros voltaram a discutir sobre falhas nas construções da Secretaria de Saúde (obra da Farmácia do SUS e unidades de saúde dos Distritos de São Pedro do Avaí e Sacramento). O Conselho Municipal de Saúde decidiu apresentar o problema ao Ministério Público, além de questionar o pagamento de aditivos às empreiteiras vencedoras das licitações.

RELATÓRIO DE GESTÃO 2012

Todos os investimentos e ações promovidos pelo município de Manhuaçu estão presentes no Relatório de Gestão 2012. Conforme o documento, o município investiu 32% em saúde, no referido ano. Apesar do investimento, ainda existem metas do Plano Municipal de Saúde não atingidas, embora o Plano esteja em vigência até o final do ano, quando ocorre a Conferência de Saúde. Os itens que chamaram a atenção são o registro de um alto número de mortes por fatores externos (decorrentes de violência contra a pessoa, acidentes, etc.); casos indefinidos de mortes (falta de informações precisas nos atestados de óbitos); considerável índice de neoplasias. Os conselheiros aprovaram o relatório com as devidas ressalvas de que as metas não atingidas devem ser cumpridas, como por exemplo, a implantação de mais equipes de saúde bucal, uma vez que os indicadores estão abaixo do esperado, pois a cobrança é feita todos os anos e, nenhuma atitude é tomada. O CMS solicitou ainda a justificativa do não cumprimento da ação. Outra situação cobrada foi referente aos Recursos Humanos, onde não foi promovida nenhuma ação planejada. O CMS solicitou esclarecimentos dos motivos das não execuções das ações, constantes também no Relatório Anual de Gestão/2011. Outro pedido, feito novamente, é que no próximo Relatório Anual de Gestão seja discriminada a parte orçamentária programada e executada para melhor análise e acompanhamento por parte dos conselheiros.

ENCAMINHAMENTOS AO MINISTÉRIO PÚBLICO

Parte da laje que afundou na obra da Secretaria de
Saúde de Manhuaçu
O Conselho de Saúde decidiu apresentar algumas importantes reclamações ao Ministério Público. Os temas tratam das muitas falhas verificadas nas construções da Secretaria de Saúde, algumas edificadas em gestões passadas e outras que estão sendo concluídas pela atual administração. Em Sacramento, a unidade de saúde está em péssimas condições. Mofo, pintura danificada, umidade nas paredes e móveis carcomidos pela ferrugem. Acredita-se que os problemas são decorrentes da falta de drenagem do terreno onde foi construída a unidade de saúde. A situação já foi apresentada à Secretaria de Saúde na gestão passada e na atual e, encaminhada ao Ministério Público e ainda sem solução. Em São Pedro do Avaí, na unidade de saúde inaugurada há menos de 5 anos, infiltrações decorrentes de  problemas em calhas e no telhado, também não foram resolvidas. Na construção da farmácia do SUS, anexo ao CAPS AD, os conselheiros apresentaram problemas na obra que podem comprometer a estrutura futuramente, além do afundamento de parte de uma laje construída sobre o CAPS AD, o que pode ter afetado a estrutura do referido prédio. A comissão de fiscalização do CMS esteve no local e pediu a paralisação da obra, o que foi contestado pela Secretaria de Saúde, baseando-se em laudo emitido pelo engenheiro responsável Márcio Lourenço da Costa, onde é afirmado que o afundamento de parte da laje ocorrera porque foi colocada grande quantidade de concreto em um pequeno espaço fazendo com que o escoramento não suportasse. De acordo com ofício encaminhado ao Conselho, não houve vítimas e os danos materiais ficarão sob responsabilidade da empreiteira responsável pela obra, entendendo desta forma não ser necessária a paralisação.  O CMS entende que a estrutura do CAPS AD foi abalada, pois as paredes apresentam trincas que afetam até o fechamento de algumas portas e acredita ser mais prudente fazer um levantamento técnico mais aprofundado. Por isso encaminhará o assunto ao Ministério Público. Outra denúncia a ser apresentada trata do pagamento de aditivos à empreiteiras pela Secretaria de Saúde. Conforme o vice-presidente do CMS, Nelson de Abreu, estes pagamentos estão sendo feitos de forma duvidosa, pois as empreiteiras colocam os preços bem abaixo dos praticados no mercado para ganharem o pregão e depois solicitam aditivos sem a devida modificação na obra, o que configura sua ilegalidade e desrespeito ao CMS, situação essa já discutida em reunião com o Secretário Municipal de Saúde. Na ocasião foi pedido que os aditivos sejam observados com mais rigor, principalmente nas questões de construção. Quando da reunião, a Secretaria de Saúde concordou com os pedidos do CMS, mas mesmo assim a obra da farmácia recebeu aditivo sem os devidos esclarecimentos ao Conselho.

Luiz Nascimento - Assessoria de Comunicação CMS