Começou no dia 19 de setembro e vai até o final do mês a Campanha Nacional de Multivacinação
2016. O objetivo da campanha é mobilizar os pais ou responsáveis a levarem seus
filhos para atualizar o cartão de vacinação. Este ano, a ação será voltada para
menores de cinco anos, para crianças de nove anos e adolescentes de 10 a 15
anos incompletos. Para isso, o Ministério da Saúde enviou 19,2 milhões de doses
extras de 14 vacinas para os postos de saúde de todo o país. O dia D de
mobilização em todo país é neste sábado, 24/09, de 08h00 às 17h00, em todas as
unidades de saúde de Manhuaçu.
“Neste ano, estamos
incluindo os adolescentes porque esse grupo prioritário é um dos apresenta uma
maior resistência a se vacinar. Além disso, muitos pais acreditam que não há
necessidade de imunizar os filhos nesta faixa etária” explicou Ricardo Barros,
Ministro da Saúde. Segundo ele, com a campanha serão atualizadas 14 vacinas
nesses públicos. “Isso servirá para reduzir o número de não vacinados e
aumentar a cobertura vacinal nas crianças e adolescentes”, completou. Ricardo
Barros reforçou que é fundamental que toda a população alvo compareça aos
serviços de saúde levando a caderneta de vacinação, para que os profissionais
de saúde possam avaliar se há doses que necessitam ser aplicadas.
Com a campanha de vacinação, o Ministério espera a redução
das doenças imunopreveníveis no país e diminuir o abandono à vacinação. Como a
vacinação será de forma seletiva para a população alvo, não há meta a ser
alcançada.
Para reforçar a mobilização, o Ministério da Saúde lançou
uma campanha publicitária que será divulgada em todo o país. Com o slogan “Todo
mundo unido, fica mais protegido”, a campanha publicitária será veiculada na
televisão, rádio e internet, com vídeos, banners, cartazes e jingles.
MUDANÇAS NO CALENDÁRIO - Em janeiro de 2016, o ministério
promoveu alteração no esquema vacinal de quatro vacinas: poliomielite, HPV,
meningocócica C (conjugada) e pneumocócica 10 valente. O Calendário Nacional de
Vacinação tem alterações rotineiras e periódicas em função de mudança na
situação epidemiológica, nas indicações das vacinas ou na incorporação de novas
vacinas. Mudanças deste ano:
POLIOMIELITE - O esquema vacinal contra a poliomielite
passou a ser de três doses da vacina injetável – VIP (2, 4 e 6 meses) e mais
duas doses de reforço com a vacina oral – VOP (gotinha). Até 2015, o esquema
era de duas injetáveis (VIP) e três orais (VOP). A mudança está de acordo com a
orientação da Organização Mundial de Saúde (OMS) e como parte do processo de
erradicação mundial da pólio. Vale ressaltar que essa substituição não
prejudica a proteção das crianças, que já ficam imunizadas com as três doses
injetáveis.
HPV - O esquema vacinal passou de três para duas doses, com
intervalo de seis meses entre elas. Os estudos recentes mostram que o esquema
com duas doses apresenta uma resposta de anticorpos em meninas saudáveis de 9 a
14 anos não inferior quando comparada com a resposta imune de mulheres de 15 a
25 anos que receberam três doses. As mulheres vivendo com HIV entre 9 a 26 anos
devem continuar recebendo o esquema de três doses.
MENINGOCÓCICA - O reforço, que anteriormente era
administrado aos 15 meses, passou a ser administrado aos 12 meses,
preferencialmente, podendo ser feito até os 4 anos. As primeiras doses da
meningocócica continuam sendo realizadas aos 3 e 5 meses.
PNEUMOCÓCICA- Redução de uma dose na vacina pneumocócica 10
valente. Passou a ser administrada em duas doses, aos 2 e 4 meses, com um
reforço preferencialmente aos 12 meses, que pode ser recebido até os 4 anos.
Essa recomendação também foi tomada em virtude dos estudos mostrarem que o
esquema de duas doses mais um reforço tem a mesma efetividade do esquema três
doses mais um reforço.
PNI - Atualmente, o Programa Nacional de Imunizações (PNI)
distribui cerca de 300 milhões de imunobiológicos anualmente, dentre vacinas e
soros, além de oferecer à população todas as vacinas recomendadas pela
Organização Mundial da Saúde (OMS) no Calendário Nacional de Vacinação. Nos
últimos cinco anos, o orçamento do PNI cresceu mais de 140%, passando de R$ 1,2
bilhão, em 2010, para R$ 2,9 bilhões, em 2015.
Informações www.portalsaude.saude.gov.br