Com o objetivo de chamar a atenção surgiu na década de 1990,
no Estados Unidos, a campanha Outubro rosa, hoje difundida em diversos países.
No Brasil, a primeira iniciativa partiu de um grupo de mulheres, em 2002, e foi
marcada pela iluminação rosa do Obelisco do Ibirapuera, em São Paulo — em 2 de
outubro, na comemoração dos 70 anos do encerramento da revolução, o monumento
ficou iluminado com a cor da campanha.
Anos mais tarde, entidades relacionadas ao câncer de mama iluminaram de rosa monumentos e prédios em diversas cidades. Aos poucos, o Brasil foi ganhando a simbólica cor em todas as capitais e o mês de outubro tornou-se símbolo da luta pela prevenção e tratamento. “A gente vê que, em outubro, aumenta a solicitação por mamografia. A fila cresce e a quantidade de exames, também”, diz Fernanda Salum. O Ministério da Saúde registra um crescimento de 35% na realização de exames, que passou de 3 milhões, em 2010, para 4,1 milhões em 2016. Até julho deste ano, foram realizados um total de 2,1 milhões de testes.
Anos mais tarde, entidades relacionadas ao câncer de mama iluminaram de rosa monumentos e prédios em diversas cidades. Aos poucos, o Brasil foi ganhando a simbólica cor em todas as capitais e o mês de outubro tornou-se símbolo da luta pela prevenção e tratamento. “A gente vê que, em outubro, aumenta a solicitação por mamografia. A fila cresce e a quantidade de exames, também”, diz Fernanda Salum. O Ministério da Saúde registra um crescimento de 35% na realização de exames, que passou de 3 milhões, em 2010, para 4,1 milhões em 2016. Até julho deste ano, foram realizados um total de 2,1 milhões de testes.
Prevenção
Além da mamografia, o Outubro rosa alerta para a importância
do autoexame. Segundo pesquisa do Inca, de 2016, 66,2% das descobertas da
doença ocorrem pelas próprias pacientes. O coordenador-geral de Oncologia do
Hospital Santa Lúcia, Fernando Maluf, ressalta a importância do autoexame,
mesmo em quem tem menos de 40 anos. “A incidência em mulheres novas vem aumentando”,
informa. “A mamografia anual para essas mulheres não é necessária, exceto nos
casos de histórico familiar.” Segundo Maluf, uma em cada 10 mulheres tem ou vai
ter o tumor. “A incidência vem crescendo entre 5% e 10% nos últimos 10 anos. A
população está envelhecendo, e isso (a doença) está muito relacionada à
obesidade, ao sedentarismo. Os tumores femininos talvez sejam os que mais têm
apresentado crescimento”, adverte.
Os sinais do corpo
Apesar de o câncer ser uma doença, na maioria das vezes, com
desenvolvimento silencioso, algumas mulheres sentem mudanças no corpo. Os
sintomas incluem nódulo na mama, secreção com sangue pelo mamilo e alterações
na forma ou na textura do mamilo ou da mama. O tratamento depende da fase do
tumor. Pode incluir quimioterapia, radioterapia e cirurgia.
“Envolve, na maioria, cirurgia e radioterapia. Em 70% dos
casos, também são feitos tratamentos anti-hormonais”, explica o
coordenador-geral de Oncologia do Hospital Santa Lúcia, Fernando Maluf. Esses
procedimentos se tornam mais complicados conforme o estágio do tumor. “Quando
está avançando e é agressivo, ou quando a mulher não faz acompanhamento, a taxa
de cura cai para 50%, 40%.”
É consenso entre especialistas e mulheres curadas que a
doença não deve ser encarada como um bicho de sete cabeças. Em 19 de outubro, é
comemorado o Dia Internacional contra o Câncer de Mama, que, mais uma vez,
lembra a todas de cuidar da própria saúde.
Informações Correio
Braziliense