Em meio o aumento de casos de febre amarela em Minas Gerais,
outra doença segue preocupando: a febre chikungunya. As notificações da
enfermidade, que é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, se multiplicam a
cada semana. Somente nos primeiros 15 dias de janeiro já são 67 casos prováveis
da moléstia, uma média de 4,4 por dia. Não há nenhuma morte sendo investigada.
Dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES) divulgados na
segunda-feira, 15/01, mostram o avanço da doença. No último levantamento
apresentado pela pasta, em 8 de janeiro, eram 9 notificações registradas. Em
sete dias, o aumento foi de 58 casos prováveis. Mesmo com a alta, segundo a
SES, nas últimas quatro semanas 39 cidades mineiras apresentaram baixa ou média
incidência de casos prováveis de chikungunya. A doença não foi computada em 814
municípios.
Em 2017, Minas Gerais viveu seu pior ano de infecção da
febre chikungunya. Foram registrados 16.789 casos prováveis da doença e as
primeiras mortes da história da enfermidade no estado, 13 no total. Dez
ocorreram em Governador Valadares, uma em Central de Minas, ambas na Região do
Rio Doce, uma em Ipatinga, no Vale do Aço, e outra em Teófilo Otoni, no Vale do
Mucuri.
Historicamente, a maioria dos casos prováveis de chikungunya
são registrados nos primeiros meses do ano, entre janeiro a abril. Por causa
disso, a atenção tem que ser maior no combate aos focos do mosquito Aedes
aegypti. Esse período coincide com o de proliferação do inseto.
A chikungunya é uma doença viral causada pelo vírus CHIKV,
da família Togaviridae, e pode ser disseminada, como ocorre no Brasil, pelos
mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus, também transmissores da dengue, da
zika e da febre amarela. Na fase aguda, os sintomas se manifestam entre dois e
12 dias. Os principais são febre alta, acima de 39 graus, de início repentino,
dor muscular, erupções na pele, conjuntivite e dor nas articulações, que podem
se manter por um longo período. A orientação das autoridades de saúde para quem
apresentar manifestações compatíveis com a virose é procurar a unidade básica
de saúde mais próxima e não usar medicamentos sem indicação médica.
Dengue
Nos primeiros 15 dias deste ano já foram registrados 476
notificações de dengue. No ano passado, foram 29.107 casos prováveis da doença,
sendo 15 mortes confirmadas em decorrência da moléstia. Os óbitos eram de
residentes de Araguari, Arinos, Bocaiúva, Capim Branco, Curvelo, Ibirité,
Leopoldina, Medina, Monsenhor Paulo, Patos de Minas, Pedro Leopoldo, Ribeirão
das Neves, São José do Divino, Uberaba e Uberlândia.
Informações Uai.com.br