É preciso tomar sol |
Níveis baixos de vitamina D têm sido associados a problemas
de coração, mas pesquisadores anunciaram nesta segunda-feira, 09/11, ter
identificado um nível de perigo específico para o aumento do risco de ataque
cardíaco e acidente vascular cerebral.
Os pacientes estão em maior risco de problemas cardíacos
caso seus níveis de vitamina D mergulhem abaixo de 15 nanogramas por mililitro,
de acordo com pesquisadores do Instituto do Coração Intermountain Medical
Center, em Salt Lake City, Utah. O exame de sangue é a melhor maneira de
determinar os níveis de vitamina D.
“Embora níveis de vitamina D acima de 30 sejam
tradicionalmente considerados normais, mais recentemente alguns pesquisadores
propuseram que qualquer coisa acima de 15 era um nível seguro”, disse J. Brent
Muhlestein, co-diretor de pesquisa cardiovascular no Instituto do Coração do
Intermountain Medical Center. “Mas os
números não eram embasados com pesquisas até agora”, disse em comunicado.
As descobertas, apresentadas no American Heart Association
Scientific Session em Orlando, Flórida, tiveram como base um banco de dados de
mais de 230.000 pacientes que foram acompanhados por três anos.
Pesquisadores analisaram os principais eventos cardíacos
adversos, incluindo morte, doença arterial coronariana, ataques cardíacos,
acidente vascular cerebral, falência cardíaca e insuficiência renal.
No grupo de maior risco, a chance de eventos
cardiovasculares aumentou 35% em comparação aos outros no estudo cujos níveis
de vitamina D ficaram acima dos 15 nanogramas por mililitro. Estima-se que cerca de uma em 10 pessoas
tenham baixos níveis de vitamina D.
A vitamina D é produzida naturalmente pelo corpo quando uma
pessoa é exposta à luz solar, e também é encontrada em peixes, na gema de ovo e
em alguns produtos lácteos.
Em seguida, Muhlestein disse que espera fazer um estudo
randomizado com pacientes pobres em vitamina D para estudar se os suplementos
ajudam a combater os problemas cardíacos a longo prazo.
À medida que continuamos a estudar a vitamina D e o coração,
esperamos, finalmente, ganhar bastante informação para que possamos informar a
todos os pacientes especificamente o que eles devem fazer para reduzir seu
risco cardíaco, tanto quanto possível”, disse.