Com as Olimpíadas se aproximando no Rio de Janeiro, o mundo
todo volta seus olhares para as rotinas das centenas de competidores dos
diversos países participantes. Muito se fala sobre suas dietas, treinos, o
quanto são preparados fisicamente, suas habilidades na quadra ou no tatame, e
das diversas e inovadoras técnicas de treino, sempre visando a melhor
performance possível. No entanto, pouco ouve-se dizer sobre a capacidade mental
desses atletas, o quão duro trabalham sua concentração, foco e autoestima. Em
uma competição mundial como as Olimpíadas, a pressão dos já consagrados
“atletas de elite” se torna muito maior, pois as medalhas e suas posições no
ranking não serão só deles, mas sim, de suas nações inteiras.
Segundo o psicólogo e coach João Alexandre Borba, o coaching
ajuda o atleta a localizar seus pontos fortes - não só com relação ao esporte -
mas também com relação a sua parte emocional. Quando o atleta consegue localizar
os seus pontos emocionais de força, as suas forças internas e os seus pontos a
serem melhorados, ele consegue aos poucos ir se potencializando. “O lado
emocional é muito trabalhado, para que o atleta comece a desenvolver uma
segurança para momentos de tensão e para que ele saiba lidar com o emocional
dele, e não perca para ele mesmo. Como todo atleta é voltado para resultados,
encaixa perfeitamente com o coaching, porque a gente também trabalha com foco e
resultados. Ampliamos a responsabilidade do atleta, fazendo com que ele se
perceba cada vez mais e mapeie as suas forças internas, para que ele possa
traçar planos que gerem resultados”, diz.
São nas competições mais importantes, que se enfrentam os
melhores adversários e, consequentemente, onde a competição se torna mais
difícil. Há quem diga, inclusive, que um dos motivos para o desempenho da nossa
própria seleção brasileira na Copa do Mundo de 2014, foi devido ao descontrole
emocional dos atletas. A pressão social nos jogadores, que competiam “em casa”
– sendo o Brasil um dos países mais consagrados no futebol mundialmente – e o
desespero por ter que ganhar e corresponder às expectativas de mais de 180
milhões de torcedores. Mesmo que tática e fisicamente preparados, perderam
quando não conseguiram equilibrar as emoções e renderam-se a elas.
Ainda segundo o especialista, no coaching psicológico
esportivo, o principal objetivo é trabalhar o segundo mais difícil adversário
dos atletas: seus adversários internos, ou seja, eles mesmos. “No futebol, assim
como em qualquer esporte, o atleta precisa trabalhar a questão de desenvolver o
sentimento de se permitir ser grande. Porque ele vai ser aclamado, aplaudido
por muitas pessoas, e por isso precisa ver dentro dele esse sentimento de
grandiosidade, para poder libertá-lo e fazer essa força acontecer”, firma o
coach.
Muitos atletas, com medo da exposição pública e das críticas
que podem acabar recebendo, acabam por deixar que esse medo os paralisem, e
eles mesmos se diminuem, porque entendem que, se ele não arriscarem muito,
também não erram muito. “No momento em que eu me torno grande, eu amplio a
minha capacidade de receber mais vitórias. É muito bom liberar isso no atleta,
e fazê-lo se sentir maior, melhor com ele mesmo, e alcançar cada vez mais
resultados, e crescer em força. Porque quando eu cresço em força, eu posso me
oferecer grande para o mundo, na minha melhor versão", finaliza o
psicólogo.
Serviço: João
Alexandre Borba / Co-CEO do Instituto Internacional Japonês de Coaching e
Psicólogo/joao.alexandre@live.com/https://www.facebook.com/joaoalexandre.c.borba
/https://www.youtube.com/watch?v=oW8vIz6SIwU
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