O mês de junho, mais precisamente dia 23/06, marcou o
encerramento das atividades de mais um “grupo de tabaco”, ou seja,
antitabagismo em Manhuaçu. Durante seis meses compreendidos de janeiro a junho,
houve diversas reuniões de orientação, conscientização e amplo acompanhamento
de diversas pessoas que se propuseram a deixar a dependência do tabaco.
As reuniões ficaram sob a responsabilidade da enfermeira
coordenadora do PACS Realeza, Elisa de Fátima Silva, da assistente social no
NASF, Sílvia Maria Dornelas e do médico Dr. Sérgio Alvim Leite.
Embora a dependência seja algo muito difícil de deixar, vários
dos participantes que começaram no grupo foram determinados e conseguiram
deixar de fumar. Agora, cabe a cada um continuar sendo perseverante para
continuar vivendo sem o cigarro que causas males irreversíveis à saúde de quem
fuma e de quem está próximo.
Cigarro e seus males
O tabagismo é considerado pela Organização Mundial da Saúde
(OMS) a principal causa de morte evitável em todo o mundo. A OMS estima que um
terço da população mundial adulta, isto é, 1 bilhão e 200 milhões de pessoas
(entre as quais 200 milhões de mulheres), sejam fumantes. Pesquisas comprovam
que aproximadamente 47% de toda a população masculina e 12% da população
feminina no mundo fumam. Enquanto nos países em desenvolvimento os fumantes
constituem 48% da população masculina e 7% da população feminina, nos países
desenvolvidos a participação das mulheres mais do que triplica: 42% dos homens
e 24% das mulheres têm o comportamento de fumar.
O total de mortes devido ao uso do tabaco atingiu a cifra de
4,9 milhões de mortes anuais, o que corresponde a mais de 10 mil mortes por
dia. Caso as atuais tendências de expansão do seu consumo sejam mantidas, esses
números aumentarão para 10 milhões de mortes anuais por volta do ano 2030,
sendo metade delas em indivíduos em idade produtiva (entre 35 e 69 anos) (WHO,
2003).
O INCA desenvolve papel importante como Centro Colaborador
da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o Programa "Tabaco ou
Saúde" na América Latina, cujo objetivo é estimular e apoiar políticas e
atividades controle do tabagismo nessa região, e no apoio à elaboração da
Convenção para o Controle do Tabaco, idealizada pela OMS para estabelecer
padrões de controle do tabagismo em todo o mundo.
As estatísticas revelam que os fumantes comparados aos não
fumantes apresentam um risco 10 vezes maior de adoecer de câncer de pulmão; 5
vezes maior de sofrer infarto; 5 vezes maior de sofrer de bronquite crônica e
enfisema pulmonar; 2 vezes maior de sofrer derrame cerebral.
Mas se você parar de fumar agora, após 20 minutos sua
pressão sanguínea e a pulsação voltam ao normal; após 2 horas não há mais
nicotina no seu sangue; após 8 horas o nível de oxigênio no sangue se
normaliza; após 2 dias seu olfato já percebe melhor os cheiros e seu paladar já
degusta a comida melhor; após 3 semanas a respiração fica mais fácil e a
circulação sanguínea melhora; após 10 anos o risco de sofrer infarto do coração
será igual ao de quem nunca fumou, e o risco de desenvolver câncer de pulmão
cai à metade; após 20 anos o risco de desenvolver câncer de pulmão será quase
igual ao de quem nunca fumou.
Então, vamos, pare de fumar!