O Hospital César Leite aderiu ao movimento “Luto pela
Saúde”, encabeçado pelos hospitais filantrópicos de todo o estado e pela
Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos de Minas Gerais. Nesta
quarta-feira, 02 de dezembro, várias unidades de saúde promoveram ações para chamar atenção da
sociedade para o problema do atraso no pagamento dos serviços do SUS.
O movimento foi uma forma de protestar contra o parcelamento
dos repasses dos recursos federais aos municípios e estados, referente ao mês
de dezembro de 2015. O Ministério da Saúde anunciou que irá pagar somente 50%
do teto média e alta complexidade no dia 10 de dezembro de 2015 e deixar 50%
restantes para 02 de janeiro de 2016.
A direção do Hospital César Leite criticou a postura do Governo Federal e
aderiu ao movimento Luto pela Saúde. “Querem dividir o pagamento do serviço que
prestamos em novembro para a população, penalizando o hospital num momento em
que os recursos são fundamentais para pagamento dos fornecedores, salários e o
13º dos nossos colaboradores. O dinheiro
que vem para os hospitais já é escasso e agora recebemos essa notícia que pode
causar um colapso no atendimento e
prejudicar toda a comunidade. Isso é um desastre”, afirmou o Provedor do HCL,
Sebastião Onofre Carvalho.
A decisão do Ministério da Saúde é justificada por sua
insuficiência orçamentária, o que está gerando riscos de fechamento de muitas
Instituições filantrópicas. Por isso, a Federassantas e as Instituições
Filantrópicas de Minas Gerais lançaram o movimento “Luto pela Saúde”, campanha
que permanecerá no decorrer de todo o mês de dezembro.
A iniciativa tem por objetivo demonstrar o luto dos funcionários
e usuários pelo descaso que ocorre com as instituições filantrópicas, que são
responsáveis por mais de 70% do atendimento SUS no Estado de Minas Gerais.
Para o provedor, é momento de união dos hospitais
filantrópicos e dos cidadãos para juntos cobrarem providências das autoridades
e se fazer cumprir o que é um direito garantido pela Constituição Federal: o
direito à saúde. “É uma situação lamentável que tira o sono de todos nós.
Enfim, empurram o problema para nós. O Governo decidiu dividir o pagamento e
atrasar e nós teremos que buscar empréstimos para poder cumprir com as nossas
obrigações. isso não está certo e inviabiliza o funcionamento dos hospitais”,
declarou.
Sebastião Onofre Carvalho também explicou que não existe
possibilidade de paralisação dos serviços. “A Federassantas e o nosso hospital
não trabalham com a ideia de paralisar os serviços. Queremos ser reconhecidos
pela luta permanente que temos em favor da comunidade. Em nome dessa população
que precisa do SUS é que estamos de luto. A sociedade precisa compreender que
prestamos serviços ao SUS e, em contrapartida, temos que receber pelos
atendimentos realizados no hospital”, anunciou.
O HCL decidiu colocar faixas e cartazes com a campanha Luto
pela Saúde em suas dependências para informar e orientar a comunidade sobre o
momento difícil que o setor enfrenta.
Assessoria de
Imprensa do HCL