Seguindo as indicações da Unidade
Técnica de Vigilância de Zoonoses do Ministério da Saúde, o Programa Estadual
de Vigilância em Acidentes por Animais Peçonhentos alerta para inclusão dos
Acidentes por Animais Peçonhentos no planejamento das ações, junto à Defesa
Civil e à Força Tarefa do SUS, voltadas às situações de calamidade pública
causadas por períodos de intensas chuvas e em enchentes.
Orientações
para prevenção de acidentes por animais peçonhentos durante e após períodos de
enchentes
1 - Cuidados com animais peçonhentos:
Antes de entrar na água, estar atento
para serpentes que podem estar nadando em busca de terra seca, ou para arraias
que podem estar no fundo de rios e corpos d’água;
Ao voltar para casa, entrar com
cuidado, lentamente, inspecionando todos os lados quanto à presença de animais
peçonhentos, sabendo que estes se escondem do homem;
Deve-se sacudir roupas, sapatos,
toalhas, lençóis e bater colchões antes do uso;
NÃO colocar as mãos em buracos ou
frestas, utilize ferramentas como enxadas, cabos de vassoura e pedaços
compridos de madeira para mexer móveis;
Limpar o interior e os arredores da
casa tomando sempre o cuidado de utilizar equipamentos de proteção individual
(EPI – luvas, botas, etc.);
NÃO andar descalço, mas utilizar botas
ou calçados rígidos com perneira, tendo certeza de proteção pelo menos até o
joelho;
No momento da limpeza, deve-se tomar
cuidado ao pegar qualquer objeto, atentando para a presença de serpentes
enrodilhadas ou escorpiões e aranhas nas superfícies ou nos cantos da casa e
quintal;
Na ocorrência de animais peçonhentos
dentro das residências, afastar-se lentamente, sem assustá-los, e entrar em
contato com a autoridade competente local (Bombeiros ou Polícia do Meio
Ambiente);
Não pegar animais peçonhentos, nem que
pareçam estar mortos.
2
- Cuidados em casos de acidentes:
Em caso de acidente com animal
peçonhento, procure atendimento médico imediatamente em unidade de saúde mais
próxima;
Manter o acidentado em repouso,
aguardando por socorro deitado e com o membro acometido elevado em relação ao
resto do corpo. A vítima deve evitar correr ou se locomover por meios próprios;
Se possível, lavar o local do acidente
com água e sabão - compressas mornas podem aliviar a dor;
Não tente sugar o local com a boca
para extrair o veneno ou amarrar o membro acidentado. Não aplicar nenhum tipo
de substância como álcool, pó de café, ervas, terra, fezes, querosene ou urina
no local da picada. Tais procedimentos não têm nenhum efeito sobre o veneno e só
aumentam o risco de infecções;
Em caso de acidente, atentar para cor
e tamanho do animal causador, pois estes podem auxiliar no diagnóstico e
tratamento.
Luiz
Nascimento, informações /Gerência
Regional de Saúde de Manhumirim