O Conselho Municipal de Saúde recebeu os conselheiros para
mais uma reunião ordinária. O encontro aconteceu no auditório da Secretaria de
Saúde, nesta quarta-feira, 13/05. A situação da dengue em Manhuaçu, onde foram
registrados de janeiro até 10 de maio 15 casos confirmados e, a 15ª Conferência
Nacional de Saúde, além de vários outros temas foram debatidos na reunião.
Risco de epidemia de
dengue
O Conselho Municipal de Saúde de Manhuaçu recebeu a
coordenadora de Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde, Emilce Estanislau,
para informar a situação da dengue no município. Emilce disse que embora o
município tenha registrado de janeiro a maio deste ano 15 casos de dengue, com
cerca de 149 notificações de casos
suspeitos, há o risco de uma epidemia tendo em vista que a população de
mosquito Aedes aegypti tem aumentado.
Emilce Estanislau informou o resultado do último
Levantamento de Infestação por Aedes feito na cidade, o chamado LIRAA. A
incidência de infestação chegou a 3,1%, quando no penúltimo levantamento realizado,
em março, o número estava em 3,2% (considerado de médio risco pelo Ministério
da Saúde).
Os bairros onde há mais preocupação por parte da Secretaria
de Saúde são aqueles localizados na região de saída da cidade, com destaque
para Santa Terezinha, onde o índice de infestação chegou a 6,8%. Santana,
Matinha e Engenho da Serra, também preocupam. Também há preocupação com o Coqueiro,
por conta de alguns moradores terem contraído a doença. No local há um grande
fluxo de estudante da cidade e região.
Nos distritos a preocupação é com o Distrito de Realeza,
onde passam todos os dias centenas de pessoas, inclusive de locais onde há
registro de epidemia de dengue (Rio de Janeiro, São Paulo e Sul de Minas).
Conforme Emilce Estanislau estão sendo desenvolvidas ações de combate aos focos
em todas as paradas de ônibus existentes naquele distrito.
Fortalecimento do Cous
Foi solicitado aos conselheiros que valorizem as reuniões
locais dos conselhos de unidades de saúde (COUS), onde são discutidos os temas
de interesse da comunidade, posteriormente encaminhados para o Conselho de
Saúde. As reuniões devem ser realizadas com a frequência necessária e sempre
com a participação dos conselheiros. A unidade de saúde deve oferecer toda a
estrutura necessária, pois sem as reuniões não existe controle social.
15ª Conferência
Nacional de Saúde
Com o tema “Saúde pública de qualidade para cuidar bem das
pessoas: direito do povo brasileiro”, será realizada nos dias 23 a 26/11, a 15ª
Conferência Nacional de Saúde, em Brasília.
A etapa municipal, em Manhuaçu, será uma Plenária, pois o município já
realizara a Conferência recentemente. A data definida para o Plenária é 11 de
julho. Foi formada uma comissão para organizar o evento.
Comissão para
Relatório de Gestão
Os conselheiros Nelson de Abreu, Maria de Fátima Mayrinck,
Ana Lígia de Assis, Marivaldo Anselmo e José Rafael, formarão a comissão para
acompanhar o desenvolvimento do Relatório de Gestão da Secretaria de Saúde.
Falta de vacina
contra a gripe
O Conselho de Saúde cobrou explicações do motivo da falta de
vacinas contra a gripe em várias unidades de saúde em pleno período de campanha
realizado desde o dia 4 de maio até 22 do mesmo mês. Muitas pessoas foram até
as unidades e tiveram que voltar porque as vacinas haviam acabado. A reposição
foi feita, mas o fato não pode se repetir, disseram os conselheiros. Serão encaminhados
ofícios para a Secretaria de Saúde e Gerência Regional de Saúde, em Manhumirim.
Rampa na Casa Azul
Conselheiro Jadir voltou a falar sobre a necessidade de
abertura de um portão que dá acesso a uma rampa na policlínica Casa Azul, o que
vai facilitar para os enfermos e idosos. O problema já foi apresentado, mas não
se teve solução até o momento. Também foi questionado pelo conselheiro o
atendimento prestado no Setor de Tratamento Fora de Domicílio (TFD), onde
pessoas da área rural, mais distantes, tentam conseguir informações por
telefone e não conseguem.
Lixo nas comunidades
rurais
Também foi solicitada a melhoria do recolhimento de lixo na
zona rural com citações de problemas na Taquara Preta e Palmital, onde o lixo
tem ficado exposto por muito tempo, aumentando a proliferação de mosquitos e
outros insetos.
Demora no atendimento
O conselheiro Nelson de Abreu cobrou mais agilidade no
atendimento a pessoas idosas. Há poucos dias, uma mulher de 99 anos, aguardou
cerca de 3 horas para receber uma sonda. “Estes entraves não podem acontecer,
pois os pacientes nesta situação têm a saúde muito debilitada”, disse Abreu.
Luiz Nascimento