PÁGINAS

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

MS lança campanha de prevenção às DST e Aids para carnaval

A maioria dos brasileiros (94%) sabe que a camisinha é melhor forma de prevenção às DST e Aids. Mesmo assim, 45% da população sexualmente ativa do país não usou preservativo nas relações sexuais casuais nos últimos 12 meses. Os dados, inéditos, são da Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas na População Brasileira (PCAP), apresentados nesta quarta-feira, 28/01, em Brasília, durante o lançamento da campanha de prevenção às DST e Aids para o Carnaval 2015. Realizada em 2013, a pesquisa entrevistou 12 mil pessoas na faixa etária de 15 a 64 anos, por amostra representativa da população brasileira.

Os dados comparativos com pesquisas anteriores mostram que o uso do preservativo na última relação sexual, ocorrida nos últimos 12 meses, se manteve praticamente estável: 52% em 2004, 47% em 2008 e 55% em 2013, apesar das constantes campanhas de estímulo ao uso do preservativo durante todos esses anos. Além disso, houve um crescimento significativo de pessoas que relataram ter tido mais de 10 parceiros sexuais na vida. Esse percentual subiu de 19%, em 2004, para 26% em 2008, chegando a 44% no ano de 2013.

“A pesquisa demonstra que o nível de conhecimento da importância do uso do preservativo na população continua alto e que uso de camisinhas no sexo casual também vem se mantendo estável entre 2004 e 2013. No entanto, o que tem mudado muito é o comportamento das relações, com aumento do número de parceiros. Isso exige, particularmente dos jovens, muita responsabilidade e preocupação com preservação de sua saúde e de seus parceiros, utilizando regularmente a camisinha, fazendo o teste para o HIV e, quando positivo, fazer o tratamento gratuito oferecido pelo Sistema Único de Saúde”, orienta o ministro da Saúde, Arthur Chioro.

Diante deste panorama, o Ministério da Saúde optou por uma campanha de carnaval focada na prevenção, combinando camisinha, testagem e tratamento. Para tanto, houve um fortalecimento de estratégias complementares ao uso do preservativo. Um exemplo é introdução, em dezembro de 2013, do novo Protocolo de Tratamento para Adultos. O documento possibilitou o acesso aos antirretrovirais a todas as pessoas com o vírus da Aids. Atualmente, são cerca de 400 mil pessoas em tratamento, com 22 medicamentos antirretrovirais distribuídos pelo SUS.

Testagem

Paralelo às campanhas de incentivo ao sexo seguro, que são desenvolvidas pelo Governo Federal, estados e municípios - o Brasil tem adotado outras estratégias de prevenção, como a ampliação da testagem do HIV. Em 2014, foram distribuídos 6,4 milhões de testes rápidos para HIV, número 26% superior aos 4,7 milhões distribuídos em 2013.  Das cerca de 734 mil pessoas que vivem com HIV e Aids no Brasil atualmente, 80% foram diagnosticadas.

O ampliação da assistência às pessoas com HIV e Aids e o incentivo ao diagnóstico precoce fazem parte das estratégias do Ministério da Saúde no cumprimento da meta “90-90-90”, que corresponde a 90% de pessoas testadas, 90% tratadas e 90% com carga viral indetectável até 2020. As metas foram adotadas pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS).

Campanha

A mensagem geral da campanha de carnaval deste ano é informar o jovem para se prevenir contra o vírus da Aids, usar camisinha, fazer o teste e, se der positivo, começar logo o tratamento, reforçando o conceito “camisinha + teste + medicamento” de prevenção combinada.

São 129 mil cartazes em quatro versões – segmentados para a população jovem, travesti e jovem gay – um spot de rádio, 315 mil folders explicativos da prevenção combinada e um vídeo para TV.

“Este ano, o ministério não irá centrar a campanha apenas no uso de preservativos. Os dados da pesquisa indicam que focar as campanhas apenas nesse uso tem limites. Essa nova estratégia se materializa em três dimensões: primeiro no uso do preservativo, em segundo lugar na convocação da população a fazer regularmente o teste e, em terceiro lugar, no início imediato do tratamento em caso de teste positivo. Dessa forma, teremos condições de enfrentar a epidemia de Aids, principalmente entre os grupos mais afetados pela epidemia como os jovens”, explica o ministro Arthur Chioro. 

Os materiais reforçam o slogan final usando a gíria “# partiu teste”, linguagem típica desta faixa etária prioritária. Nas cidades com maior concentração de foliões (São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Olinda, Florianópolis, Ouro Preto, Diamantina, São João Del Rei e Alfenas) haverá um reforço das estratégias de comunicação da campanha. Além do rádio e da TV, a campanha também será divulgada pela internet e em revistas temáticas de carnaval e de comportamento LBGT.

Camisinhas

Nos aeroportos de Santos Dumont, no Rio de Janeiro, Salvador e Recife serão instalados 34 displays para a retirada de camisinhas. Os equipamentos serão instalados, a partir de 1º de fevereiro, nos banheiros femininos e masculinos destes aeroportos. Inicialmente, serão abastecidos com 195 mil preservativos. Neste ano, além do Carnaval, a campanha será estendida, com adaptações, para festas populares - como São João e outros eventos - durante todo o resto do ano.

Apenas para o período do carnaval, o Ministério da Saúde está distribuindo aos estados de todo país 70 milhões de preservativos. Ao todo, os estados já contam com estoque de 50 milhões de unidades para as ações cotidianas de prevenção, o que inclui o carnaval. O quantitativo de camisinhas é definido com base no consumo médio mensal, além da capacidade de armazenamento e o estoque presente no almoxarifado. Nos últimos cinco anos, o Ministério da Saúde passou aos estados 2,2 bilhões de preservativos.

Cenário Aids

Desde os anos 80, foram notificados 757 mil casos de Aids no Brasil. A epidemia no país está estabilizada, com taxa de detecção em torno de 20,4 casos, a cada 100 mil habitantes. Isso representa cerca de 39 mil casos de Aids novos ao ano. O coeficiente de mortalidade por Aids caiu 13% nos últimos 10 anos, passando de 6,4 casos de mortes por 100 mil habitantes em 2003, para 5,7 casos em 2013.


Com informações do Ministério da Saúde 

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Manhuaçu: Saúde se reúne com a Promotoria. Em pauta cobranças dos ortopedistas

Para a busca de solução e até mesmo resolver o impasse envolvendo os médicos ortopedistas, que decidiram, desde o dia 10 de janeiro, atender somente casos de urgência, o provedor do Hospital Cesar Leite, Sebastião Onofre de Carvalho, procurou a 4ª Promotoria de Justiça. O provedor foi acompanhado pela administradora do HCL, Ana Lígia de Assis, o presidente do Conselho Municipal de Saúde, Nelson de Abreu e o conselheiro Marivaldo Anselmo, para juntos, passarem as principais informações a respeito da situação no atendimento dos plantões da Ortopedia/Traumatologia do 
Hospital Cesar Leite.

Durante uma hora e meia, o grupo expôs a preocupação quanto ao posicionamento dos ortopedistas que decidiram limitar o atendimento, por estarem recebendo aquém do esperado ao assumirem muita responsabilidade nos casos de alta complexidade. Nos ofícios enviados pelos profissionais ao provedor, eles reivindicam equiparação do valor do plantão igual aos obstetras.

Os representantes do Hospital Cesar Leite, Sebastião Onofre de Carvalho e Ana Lígia, bem como os membros do Conselho Municipal de Saúde, Nelson de Abreu e Marivaldo Anselmo,  disseram à Promotora de Justiça e Curadora da saúde no município, Dra. Marina Brandão Póvoa, que o atendimento passou a ser feito somente em casos de urgência ortopédica, que são as fraturas expostas, luxações, fraturas supracondilianas em crianças, artrites sépticas, síndrome compartimental aguda e fraturas de fêmur em idosos.

De acordo com Marina Brandão Póvoa, muitas coisas precisam ser regulamentadas, principalmente o acompanhamento a ser feito por uma equipe de auditores, com o objetivo de entender como está o atendimento na área da saúde no município. Marina também sugeriu o aprimoramento da Auditoria da Secretaria Municipal de Saúde para averiguar todas essas situações. "Estarei averiguando e, realizando uma análise desses casos de urgência/emergência. Quanto a situação do atendimento, caberá ao diálogo entre a provedoria e os ortopedistas", ressaltou a promotora Marina Brandão.


O provedor do HCL, Sebastião Onofre de Carvalho, aguarda que a promotoria possa estar avaliando a situação que foi apresentada e, até mesmo o que foi repassado pelos representantes do Conselho Municipal de Saúde, que solicitaram junto ao Ministério Público Estadual ajuda às pessoas que ficam um bom tempo na espera por atendimento. "Os ortopedistas querem um valor considerável e, infelizmente o hospital não tem como pagar", reiterou Sebastião Onofre de Carvalho.

Informações: Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Manhuaçu

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Conselho de Saúde discute situação dos ortopedistas do HCL. Pedem aumento salarial pelo plantão

Com o objetivo de encontrar uma solução para o impasse e limitação no atendimento nos plantões da Ortopedia/Traumatologia do Hospital Cesar Leite, o Conselho Municipal de Saúde se mobilizou para uma reunião a fim de discutir o problema. A reunião aconteceu na tarde desta quarta-feira, 07/01, com a presença do Secretário Municipal de Saúde, José Rafael de Oliveira Filho, além do provedor do Hospital Cesar Leite, Sebastião Onofre de Carvalho, membros da diretoria e conselheiros de saúde. Os ortopedistas foram convidados, mas não compareceram ao encontro para discutirem o problema.

A pauta do encontro foi a situação vivenciada quanto ao impasse e a decisão dos  médicos ortopedistas, que atendem pelo SUS no HCL,  terem decidido que não  atenderão nenhum caso da Ortopedia/Traumatologia, por entenderem que a remuneração não traz motivação para atuarem nos casos de alta complexidade. Agora, eles querem a equiparação do valor do plantão com os obstetras, por entenderem que a função é de extrema importância e, que as horas trabalhadas são as mesmas.

Após comunicarem a insatisfação, o provedor do HCL, Sebastião Onofre de Carvalho  passou à conversação com os profissionais da área, que estavam decididos e, desde o dia 10  de janeiro, o atendimento passou a ser feito somente em casos de urgência ortopédica que são as fraturas expostas, luxações, fraturas supra condilianas em crianças, artrites sépticas, síndrome compartimental aguda e fraturas de fêmur em idosos. Os demais pacientes passarão pela avaliação ambulatorial como de rotina e serão encaminhados para cadastramento no SUS Fácil. De acordo com o comunicado enviado pela equipe, cada caso será avaliado  individualmente para evitar desencontros de informações.

Conselho Municipal de Saúde reage

A decisão dos médicos ortopedistas em atender somente casos de urgência/emergência provocou reação do Conselho Municipal de Saúde, que convocou a reunião para saber o que poderá ser feito, no sentido de evitar que a situação continue e deixando  pessoas que estão aguardando procedimento cirúrgico em apuros.

Segundo o provedor do Hospital Cesar Leite, Sebastião Onofre de Carvalho, durante diálogo, houve, por parte do HCL. oferecimento de melhor remuneração para igualar o plantão da ortopedia com o plantão da clínica cirúrgica, passando o valor mensal do plantão de R$ 25.000,00 para R$ 36.600,00. Os ortopedistas analisaram a proposta feita pela Administração do Hospital Cesar Leite, e informaram que a proposta ficaria muito aquém  dos valores solicitados por eles, para manter o plantão nos moldes atuais. "Os ortopedistas reclamam do aumento de pacientes vindos do SUS. Para sanar a situação, tentamos adicionar  mais R$ 1.900,00 no vencimento dos profissionais, porém, não aceitaram. O hospital não tem recurso para atender a reivindicação dos ortopedistas e, agora o caso será discutido junto à Curadora da área da saúde do Ministério Público na próxima segunda-feira, 12/01", explica o provedor.


O presidente do Conselho Municipal de Saúde, Nelson de Abreu também se demonstrou preocupado com a situação, que, juntamente com  a Executiva do Conselho e Provedoria do Hospital Cesar Leite estarão discutindo junto à Promotoria de Justiça. Para Nelson de Abreu a situação não pode ficar assim, porque há muitas pessoas necessitando de cirurgia, de cuidados especiais e o atendimento precário. "Vamos nos reunir com a Promotora de Justiça e, enquanto representante do Conselho Municipal de Saúde vou à busca de solução, juntamente com a Executiva e o provedor do HCL para obtermos uma resposta satisfatória", afirma Nelson de Abreu.

Eduardo Satil