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sexta-feira, 16 de maio de 2014

Manhuaçu: Atenção Psicossocial promoverá dia da Luta Antimanicomial



O Dia da Luta Antimanicomial, comemorado no dia 18 de maio, será lembrado em Manhuaçu durante quatro dias, no período de 19 a 23/05. O Centro de Atenção Psicossocial (CAPS II) está organizando uma série de atividades para promover a comemoração.


A coordenadora do CAPS, psicóloga Lia Márcia Emerick, explica que a data deve ser lembrada todos os anos, tendo em vista que a sociedade não pode perder de vista o tratamento fora dos manicômios, mais próximo da família, sem internações como no passado, onde as pessoas com transtorno mental eram, quase sempre, esquecidas pela sociedade.

Para a coordenadora do CAPS, com a diminuição de leitos em hospitais psiquiátricos e o tratamento dos pacientes com transtorno mental em suas respectivas comunidades, a sociedade pode acompanhar mais de  perto os resultados, pois os pacientes estão aí em todos os lugares. A psicóloga considera os resultados positivos. Mas, Lia Márcia Emerick, informa que nos casos mais extremos, onde haja risco para os pacientes e pessoas próximas, encaminha-se para internações nos centros referenciados.

CAPS de Manhuaçu

O município possui duas unidades de CAPS, sendo uma delas para tratamento de dependentes químicos, onde são atendidas pessoas dependentes de álcool e outras drogas. Os pacientes não são internados. São admitidos durante o dia e à noite retornam para seus lares. No CAPS são acolhidos, participam de oficinas terapêuticas, desenvolvem atividades físicas, recebem atenção médica e farmacêutica, bem como participam de atividades externas. Também está em estudo a criação de uma unidade de CAPSi para acolher crianças e adolescentes, hoje encaminhadas para outros centros.

Programação

No período de 19 a 23/05, serão realizadas diversas atividades com os pacientes na sede do CAPS, localizada no bairro Todos os Santos. Estão programadas apresentações de Banda Musical, piquinique, sessão de cinema, etc. Desta forma, O CAPS pretende integrar ainda mais ao pacientes com estas atividades e oferecê-los a oportunidade de uma atividade no centro da cidade. “Queremos realizar comemorações para o paciente e que seus familiares e amigos, bem como toda a sociedade, nos apoiem. Afinal, se você apresentasse um transtorno mental, onde você gostaria de ser tratado: mais perto de sua casa ou ser internado em um hospital psiquiátrico? Hoje, Manhuaçu oferece este tratamento com qualidade e todos podem conhecê-lo”, reforça a coordenadora do CAPS, Lia Márcia Emerick.

Luiz Nascimento


quinta-feira, 15 de maio de 2014

Comissão do CMS visita CAPSi de Matipó


Está em planejamento a implantação de Centro de Atenção Psicossocial para atendimento infanto-juvenil (CAPSi), em Manhuaçu. A proposta foi apresentada na reunião de abril do Conselho Municipal de Saúde (CMS). Na ocasião, os conselheiros pediram prazo até a reunião de maio para estudar a proposta, bem como obter mais informações sobre o tema, para somente depois colocar em votação. O município possui duas unidades de CAPS, sendo uma para atendimento geral, exceto crianças e adolescentes e outro para tratamento de dependentes químicos, denominado CAPSad.

Visita a Matipó

A referência para atendimento de crianças e adolescentes até 18 anos na região é o CAPSi de Matipó. Na terça-feira, 13/05, conselheiros de saúde de Manhuaçu, acompanhados do presidente do CMS, Nelson de Abreu e do secretário de Saúde, Dr. José Rafael de Oliveira Filho, estiveram em Matipó para conhecer a estrutura e o funcionamento do CAPSi naquela cidade. A comissão de Manhuaçu fora recebida pela secretária de Saúde do município, Geovana Muratori, pela coordenadora da unidade Pollyana Brandão Gomes, funcionários e pelo vice-prefeito de Matipó, Sebastião Dornelas (Zizi).

Excelente estrutura

O presidente do Conselho de Saúde, Nelson de Abreu, ficou satisfeito com o que viu em Matipó, que tem toda estrutura necessária para atender a demanda da região, na opinião dele. O CAPSi conta com salas amplas, espaços adequados, equipe multidisciplinar e está muito próximo de Manhuaçu, o que facilita o transporte dos pacientes. Os demais presentes à reunião também tiveram uma boa impressão do CAPSi do município vizinho. Na próxima reunião do Conselho serão apresentadas as considerações da comissão que esteve em Matipó, para depois colocar em votação a implantação ou não do CAPSi, em Manhuaçu.

O que é um CAPSi

O CAPSi é um serviço de atenção diária destinado ao atendimento de crianças e adolescentes gravemente comprometidos psiquicamente. Estão incluídos nessa categoria os portadores de autismo, psicoses, neuroses graves e todos aqueles que, por sua condição psíquica, estão impossibilitados de manter ou estabelecer laços sociais. A experiência acumulada em serviços que já funcionavam segundo a lógica da atenção diária indica que ampliam-se as possibilidades do tratamento para crianças e adolescentes quando o atendimento tem início o mais cedo possível, devendo, portanto, os CAPSi estabelecerem as parcerias necessárias com a rede de saúde, educação e assistência social ligadas ao cuidado da população infanto-juvenil.

As psicoses da infância e o autismo infantil são condições clínicas para as quais não se conhece uma causa isolada que possa ser responsabilizada por sua ocorrência. Apesar disso, a experiência permite indicar algumas situações que favorecem as possibilidades de melhora, principalmente quando o atendimento tem início o mais cedo possível, observando-se as seguintes condições:

• O tratamento tem mais probabilidade de sucesso quando a criança ou adolescente é mantida em seu ambiente doméstico e familiar.

• As famílias devem fazer parte integrante do tratamento, quando possível, pois observa-se maior dificuldade de melhora quando se trata a criança ou adolescente isoladamente.

• O tratamento deve ter sempre estratégias e objetivos múltiplos, preocupando-se com a atenção integral a essas crianças e adolescentes, o que envolve ações não somente no âmbito da clínica, mas também ações intersetoriais. É preciso envolver-se com as questões das relações familiares, afetivas, comunitárias, com a justiça, a educação, a saúde, a assistência, a moradia etc. A melhoria das condições gerais dos ambientes onde vivem as crianças e os adolescentes tem sido associada a uma melhor evolução clínica para alguns casos.

• As equipes técnicas devem atuar sempre de forma interdisciplinar, permitindo um enfoque ampliado dos problemas, recomendando-se a participação de médicos com experiência no atendimento infantil, psicólogos, enfermeiros, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, assistentes sociais, para formar uma equipe mínima de trabalho. A experiência de trabalho com famílias também deve fazer parte da formação da equipe.

• Deve-se ter em mente que no tratamento dessas crianças e adolescentes, mesmo quando não é possível trabalhar com a hipótese de remissão total do problema, a obtenção de progressos no nível de desenvolvimento, em qualquer aspecto de sua vida mental, pode significar melhora importante nas condições de vida para eles e suas famílias.

• Atividades de inclusão social em geral e escolar em particular devem ser parte integrante dos projetos terapêuticos.

Em geral, as atividades desenvolvidas nos CAPSi são as mesmas oferecidas nos CAPS, como atendimento individual, atendimento grupal, atendimento familiar, visitas domiciliares, atividades de inserção social, oficinas terapêuticas, atividades socioculturais e esportivas, atividades externas. Elas devem ser dirigidas para a faixa etária a quem se destina atender. Assim, por exemplo, as atividades de inserção social devem privilegiar aquelas relacionadas à escola.

Luiz Nascimento, com informações do Ministério da Saúde

sábado, 10 de maio de 2014

Conselho participa da organização do 1º Fórum de Saúde do Trabalhador e Trabalhadora

Aconteceu em Manhuaçu, na quinta-feira, 08/05, o 1º Fórum de Discussão da Saúde do Trabalhador e Trabalhadora. 

Participaram representantes dos municípios que compõem as Microrregiões de Manhuaçu e Carangola. O evento foi realizado em preparação para a 4ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, que terá mais uma etapa ampliada no dia 15/05, em Ponte Nova (MG). Manhuaçu será representado por 18 delegados eleitos.
Objetivo

O objetivo da Conferência é propor diretrizes para a implementação da Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora. Em Manhuaçu, a organização contou com a participação do Conselho Municipal de Saúde (CMS), Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Referências Técnicas de outros municípios da Micro e Prefeitura.

Desenvolvimento dos temas

Os temas foram divididos em 4 eixos:  “Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, Direito de Todos e Todas e Dever do Estado”, abordado por Elisabeth Malta Marçal, de Manhuaçu.  O Desenvolvimento Socioeconômico e seus reflexos na saúde do trabalhador e da trabalhadora, teve a explanação de Giselly Nunes de Oliveira Franco, de Manhumirim;  Fortalecer a  participação dos trabalhadores e das trabalhadoras, da comunidade e do controle social nas ações de saúde do trabalhador e da trabalhadora, foi apresentado por Gilmara dos Santos, de Espera Feliz;  A  efetivação da Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, considerando os princípios da integralidade nas três esferas de governo, foi detalhado por Dávia Corredouro Benedito, de Manhumirim; por último, o eixo Financiamento da Política  Nacional de Saúde do Trabalhador, nos Municípios, Estados e União, foi abordado pela Assistente Social da Secretaria de Saúde de Manhuaçu, Márcia Maria Henrique.

Delegados eleitos/Manhuaçu

Os municípios presentes e as classes presentes elegeram seus delegados para participação na sequência das discussões em Ponte Nova  e Belo Horizonte e, posteriormente, em Brasília. Os representantes de Manhuaçu, são: Elisabeth Malta Marçal, Fernando Rocha de Jesus, Edna Trindade Sobrinho, José Nei Pereira, Carmen Lúcia Moreira Schuenck,Virgilio Nascimento da Costa, Daniella Arruda Mendes Silva, Otarcísio Rodrigues Garcia, Nelson de Abreu e Ângela Maria de Oliveira.


Luiz Nascimento