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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Conselho de Saúde cobra mais ações da Secretaria de Saúde. “Saúde está precária, diz presidente


O Conselho Municipal de Saúde de Manhuaçu recebeu os conselheiros em mais uma reunião ordinária na quarta-feira, 25/02. A Secretaria de Saúde apresentou na reunião o segundo relatório quadrimestral ainda do ano de 2014. Também foi apresentada a Programação Anual de Saúde (PAS 2015). O presidente do CMS, Nelson de Abreu e vários conselheiros relataram mais uma vez a precariedade da saúde em Manhuaçu. Vários problemas foram apresentados pelos membros do CMS, um deles considerado grave é o atraso no repasse de recursos para o Hospital César Leite (HCL) que são depositados na conta da Secretaria de Saúde, responsável pelo repasse. R$ 968.844,16 deveriam ter sido depositados na conta do HCL cinco dias uteis após a entrada do dinheiro na conta da Secretaria, feito no dia 6 de fevereiro, conforme extrato apresentado na reunião, o que não havia acontecido até o dia 25/02.

Mais agilidade

Os conselheiros pediram que a Secretaria de Saúde apresente os relatórios no tempo certo. Alguns membros do CMS explicitaram sua insatisfação com a situação, ou seja, um relatório ser apresentado com cerca de seis meses de atraso. As responsáveis pela apresentação informaram que o atraso se deu por conta dos dados orçamentários fornecidos pela Prefeitura de Manhuaçu com atraso.

Durante a apresentação foi esclarecido, com base na legislação, que o relatório quadrimestral deve sempre passar pelo Conselho de Saúde. Ser aprovado pela Câmara de Vereadores não exime a Administração de passá-lo pela plenária do CMS que também deve aprová-lo.

Cobranças feitas pelos conselheiros

O presidente do CMS, Nelson de Abreu, relacionou várias cobranças que refletem a situação precária da saúde no município. Confira todas as situações apresentadas:

Falta de auxiliar de enfermagem na unidade de saúde da Ponte do Silva; refeitório para os funcionários da UPA sem funcionar desde quando foi construído (há cerca de 2 anos); descumprimento do horário de trabalho por parte da coordenação das equipes de Estratégia Saúde da Família (ESF); não funcionamento do CAPS I, apesar de todas as aprovações deliberadas no CMS; falta de implantação de unidades de gabinetes odontológicos aprovados pelo CMS; atrasos na entrega de laudos de Raios X; local inadequado da farmácia do SUS, gerando enorme fila no corredor da Secretaria de Saúde, bem como a redução do horário de atendimento ao público; não cumprimento da formulação de novos contratos com médicos com implantação de demanda espontânea, aprovada no CMS; falhas no atendimento do setor de TFD (Tratamento Fora do Domicílio), prejudicando os usuários do SUS; falta de manutenção nos veículos do SUS, gerando gastos com a contratação de serviços terceirizados; aparelho de ultrassonografia com defeitos constantes.

Todos os questionamentos serão encaminhados oficialmente para a Secretaria de Saúde e para o Ministério Público. Vale ressaltar que o Secretário de Saúde, Dr. José Rafael não pode comparecer à reunião, por motivo de viagem. O seu representante, Pedro Paulo, também não pode estar presente por motivos familiares. Ambos justificaram as ausências.

Luiz Nascimento