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Karina Gama e Emilce Estanislau (E) |
O Levantamento Rápido do Índice de Infestação pelo Aedes
aegypti (LIRAa) divulgado na quinta-feira, 12/01, revela que Manhuaçu está com
índice preocupante e exige medidas de combate aos focos. O índice atingiu 3,8%
no resultado geral, o que coloca a cidade em risco médio.
A informação foi divulgada pela Secretária de Saúde Karina
Gama dos Santos Sales e a coordenadora da Vigilância Ambiental, Emilce
Estanislau Muniz.
Karina Gama explica que a OMS (Organização Mundial de Saúde)
preconiza um percentual de até 1% como ideal de infestação do mosquito. “O
período de verão é favorável a proliferação do vetor, com chuvas e temperaturas
elevadas. A participação da população, aliada as ações das equipes de combate
ao vetor, é fundamental”.
Entre novembro e dezembro, foram 63 notificações de
suspeitas de dengue. Somente cinco foram confirmadas. Já nestes primeiros dias
de 2017, foram oito notificações de suspeitas, ainda aguardando o resultado
laboratorial. “Em todos estes casos, a Vigilância em Saúde fez ações de
bloqueio na região em que as pessoas que apresentaram suspeita moram”,
destacou.
Karina Gama adiantou que será intensificado o apoio às
equipes com aquisição de equipamentos e materiais, maior interação com outras
secretarias, e também se estuda a viabilidade de aumento da equipe para cumprir
a meta de vistorias em casas.
Infestação alta
A coordenadora da Vigilância Ambiental, EmilceEstanislau
Muniz, conta que o município de Manhuaçu é dividido em quatro estratos: três na
sede e um em Vilanova, que é o maior distrito. Dentro da cidade, todos os
bairros são levantados.
O índice de infestação predial de Manhuaçu está em 3,8% -
considerado médio risco. Para se ter uma noção do aumento, em outubro, o índice
era 0,8%, que estava ideal (abaixo de 1%). “Só que naquela época não estava
chovendo ainda. O ambiente estava cheio de ovos já que tivemos uma epidemia no
ano passado. Começou a chover, esses ovos eclodiram”, comparou.
Só que o resultado é mais preocupante quando se analisa as
quatro áreas separadamente.
No estrato 1, da Vila Boa Esperança até o bairro
Todos os Santos o índice de infestação está em 3,4%. Na área 2 – bairros São Vicente, Centro, Nossa Senhora
Aparecida, Petrina, Sagrada Família e Alfa Sul - 1,3%; e na área 3 o resultado
foi realmente preocupante com um índice de 6,7% - é a área da cidade que
estamos realizando uma atenção maior: do Coqueiro e Baixada até o final do
Engenho da Serra e Matinha. O estrato 4 – formado por Vilanova – também está
com um índice alto com 4,3%.
Além desse fator, outra preocupação da coordenadora é que o
trabalho agora é redobrado, já que os agentes, além de combater o Aedes aegypti
responsável pela dengue, precisam estar em alerta para o Aedes Albopctus, que
além de transmitir a dengue é o transmissor da chikungunya, que tem uma taxa de
ataque maior, e oZika vírus.
“Soma-se a isso a recente preocupação com o surto de febre
amarela silvestre. O aedes aegypti, além das doenças já mencionadas, pode
transmitir o vírus da febre amarela. É fundamental evitarmos a urbanização da
doença”, pontua Emilce Estanislau.
A Secretaria de Saúde está ampliando as ações de bloqueio e
vistoria nos imóveis. Esse é outro dado alarmante. A maioria dos focos foi
encontrada em caixas d´água (25%) e em lixo acumulado em lotes e áreas de casas
(21%).“Muitos focos estão dentro das residências. Algumas pessoas estão muito
descuidadas do seu ambiente, de moradia ou de trabalho. Estão criando o vetor
dentro de casa e também para espalhar para as outras moradias. Estamos pedindo
que todos possam fazer a limpeza semanalmente. São 15 minutos que vão eliminar
os focos”, orienta.
Informações SMS Manhuaçu